A sessão da Câmara de Vereadores de Dionísio Cerqueira, realizada na última segunda-feira (18), teve momentos tensos e polêmicos, com a base governista tentando deslegitimar o pedido de informações sobre contratos suspeitos envolvendo o Instituto Sante. O requerimento, protocolado pela bancada de oposição (PT/União), foi alvo de críticas de vereadores do governo, em especial de Edinho Shenkel (MDB), que alegou que a solicitação era "inconstitucional". Mas o vereador se esqueceu de que sua principal função é fiscalizar, e os opositores não perderam a chance de criticarem o parlamentar.
Durante a sessão, o tom de defesa do governo foi tão contraditório quanto as falas de Edinho, que afirmou: “Esse pedido de informações deve ser feito à Polícia Federal, e não à administração”, ignorando que as licitações e contratos envolvem a administração pública e que o papel do vereador é justamente questionar e cobrar transparência. Edinho também criticou a oposição por só agora se mobilizar, mas a resposta foi imediata. Alex Nascimento (PT) desafiou o colega a verificar os registros de requerimentos feitos ao longo do tempo sobre o Instituto Sante, lembrando que a bancada da oposição não deixou de fiscalizar.
As discussões não pararam por aí. Nascimento respondeu à alegação de "oportunismo" feita por Edinho, lembrando que não há nada mais oportunista do que tentar descreditar o trabalho da oposição, sobretudo quando se trata de fiscalizar o que é de interesse público. “O que queremos é transparência, e estamos exercendo nosso papel como vereadores, enquanto outros preferem se esconder atrás de desculpas e um discurso de inação”, disse Nascimento
Por fim, Poletto (União) não deixou barato e reforçou que o papel dos vereadores é fiscalizar e cobrar explicações, algo que, segundo ele, a administração tem tentado evitar. "Quem não deve, não teme", afirmou Poletto.
Via: Vale Sudoeste/Luiz Felipe Max - Foto: Divulgação
