Sudoeste

Após operação no Hospital de Dionísio, oposição de Bom Jesus sugere comitê de acompanhamento

Muitos temem instabilidades no atendimento aos bonjesuenses

21 nov 24 - 19h02 Vale Sudoeste
Após operação no Hospital de Dionísio, oposição de Bom Jesus sugere comitê de acompanhamento

Na próxima semana a Câmara Municipal de Bom Jesus do Sul poderá discutir uma pauta que há dias gera apreensão na comunidade: a relação do município com o Hospital Municipal de Dionísio Cerqueira, que recentemente se tornou alvo de uma operação da Polícia Federal por suspeita de fraudes em licitações que já movimentaram cerca de R$ 30 milhões nos últimos anos.

É importante pontuar que a investigação sobre o hospital não envolve até o que se sabe a administração bonjesuense e o que causa apreensão na população é a possibilidade de que o atendimento fique prejudicado se de fato às investigações revelarem um esquema que abale a instituição administrativamente e operacionalmente. Atualmente, o atendimento hospitalar de plantão (noite, feridos e fins de semana) da população de Bom Jesus é feito quase que exclusivamente em Dionísio Cerqueira, mediante um contrato que custa aos cofres públicos aproximadamente R$ 70 mil por mês. No entanto, diante das investigações, surgem dúvidas sobre a solidez financeira e operacional do hospital e sobre a transparência no uso do dinheiro público.

Pressões por explicações

Vereadores da bancada de oposição têm sido cobrados pela população para buscar respostas e exigir que o município acompanhe de perto a situação. Entre as demandas estão informações detalhadas sobre os contratos firmados, os valores pagos ao hospital e o impacto das denúncias na continuidade dos serviços de saúde. Outro ponto de questionamento é se há vínculos entre a administração municipal e a empresa envolvida nas supostas irregularidades detectadas pela Polícia Federal.

O que está em jogo

A expectativa é que a Câmara de Vereadores solicite esclarecimentos à Secretaria de Saúde e ao hospital sobre pontos cruciais, como:

  • Condições para garantir a continuidade e qualidade do atendimento à população;

  • Quais medidas estão sendo tomadas para corrigir possíveis falhas administrativas;

  • Detalhamento dos valores pagos pelo município desde o início do contrato, incluindo os gastos por consulta e eventuais aditivos contratuais;

  • Identificação de alternativas para atender a população em caso de interrupção ou instabilidade nos serviços prestados pelo hospital.

Propostas em análise

Entre as propostas que poderão ser apresentadas, está a criação de um comitê de acompanhamento, que teria como objetivo fiscalizar as ações do hospital e a aplicação dos recursos públicos. Outra medida sugerida seria a busca por parcerias com hospitais e clínicas de municípios vizinhos para garantir o atendimento da população, caso a situação em Dionísio Cerqueira se agrave.

Expectativa por respostas

Para a população, a sessão da próxima semana representa um momento importante para que o Legislativo e o Executivo demonstrem compromisso com a transparência e com a saúde pública. Com as investigações em andamento, o clima é de incerteza, mas também de pressão por medidas concretas.

Resta saber se as respostas virão à altura das dúvidas e preocupações que pairam sobre os moradores de Bom Jesus do Sul. Afinal, em tempos de escândalos milionários, o que a comunidade espera é que, pelo menos, a saúde esteja em boas mãos.


Da redação Vale Sudoeste/ Foto: Divulgação


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